Redeemer: Capítulo 4 | Respostas e Avisos

Não tenho muito o que dizer sobre esse capítulo e também não tenho muitas novidades, então vou apenas postar o capítulo e depois dele falo sobre o último post meu e da Gabes e dou alguns avisinhos básicos, nada demais ^-^

Capítulo 4

Dale observou a garota estática olhando-se no espelho, como se estivesse vendo algum tipo de monstro ou aberração. Bem, ele sabia que os Anjos Caídos não eram nem um pouco bem vistos pelos Anjos e os Demônios também não apreciavam muito a tal raça.

— Qual o problema? Não sabia o que havia se tornado? – riu ele.

Madeline virou-se para ele com os olhos marejados, fazendo sua risada cessar. Era notável a enorme mágoa que a pequena carregava, e, apesar de ele não apreciar a ideia, acreditava que tudo que ela precisava agora era de um ombro para chorar sobre, depois disso ele poderia livrar-se dela com a consciência tranquila, não que ele se importasse realmente em ter isso.

— Qual o seu nome, anjinha? – indagou.

O Anjo Caído desviou o olhar para baixo, sabia que não podia confiar em um Demônio, mas tudo que ela mais queria no momento era conversar com alguém, mesmo que o rapaz parecesse não dar a mínima para ela, e conversando com o mesmo, talvez ela pudesse descobrir o porquê de ela ter trago ela para seu mundo.

— Madeline – hesitou –, Madeline Iglesias. E o seu?

— Dale, apenas Dale para você – sorriu com o mesmo desdém de sempre e então parou para raciocinar – Iglesias?

Madeline acenou afirmativamente com a cabeça. Havia dito o sobrenome de propósito, tinha certeza de que o Demônio iria reconhecer seu título nobiliárquico, o que poderia deixar as coisas mais interessantes.

Ou piores.

— Iglesias. – disse baixinho, ainda sem coragem para encará-lo nos olhos – Significa algo para você, Dale?

— Você faz parte da realeza, anjinha? Deveria ter me contado. – ele curvou-se em frente à ela mantendo seu sorriso cínico – Qual seu título? – ele tentou manter o contato visual com ela, mas a garota recusava-se a olhá-lo.

— Sou filha da rainha. – ela torceu a boca, usar a expressão “princesa” não seria o certo, afinal, ela sequer pertencia mais ao Paraíso.

— Princesa Madeline – isso havia deixado Dale boquiaberto –, temos aqui uma desertora? O que a senhorita fez para tornar-se um Anjo Caído?

— Eu... – Madeline começou, mas acabou enterrando o rosto entre as mãos para tentar esconder sua cara de choro – Eu desafiei minha mãe, ela tem rígidas regras contra os que vão contra suas ordens, eu sei que não deveria ter feito isso, mas ela estava errada, eu juro que ela estava! – ela tirou as mãos do rosto e levantava gradualmente o tom de sua voz, agora estava chorando por conta da raiva, e não pela tristeza – E então ela... Ela arrancou minhas asas, Dale! Minha mãe, céus, como ela pôde? Ela nunca foi muito boa, mas jamais imaginei que ela pudesse puxar minhas asas até que elas se rasgassem das minhas costas – Madeline suspirou, tentando se recompor –, e ela fez tudo isso na frente de um amigo meu, ele sequer aproximou-se para me ajudar, ela fez com que ele me jogasse para fora do Paraíso, céus.

Dale levantou-se e se aproximou mais da garota frenética, segurou-a pelos ombros para fazê-la olhar para ele e manteve uma expressão séria, obrigando a menor a acalmar-se por medo.

— O que você questionou, princesa? E por quê? – disse sem emoção.

— Ela queria atacar e dizimar todos vocês antes que fizessem algo – Madeline pôde ver a surpresa nos olhos de Dale, os Demônios realmente não estavam planejando nada –, e para ganhar, ela queria envolver os humanos na luta. Eu fui contra.

O ruivo apertou mais as mãos no ombro de Madeline, fazendo-a estremecer por conta da leve dor que sentia. Porém, ele não olhava mais para ela, e sim para a parede, pensativo.

— Obrigada por nos defender, princesa. – disse rouco, ainda fitando a parede.

— Eu estava querendo evitar uma guerra desnecessária e proteger os humanos, Dale. – Madeline sorriu, estava contente por ter ouvido Dale agradecê-la, isso fez com que seu arrependimento diminuísse, mas ser chamada de princesa a incomodava, não queria se lembrar disso.

— Ela vai levar essa guerra adianta, não vai? – Dale voltou o olhar para Madeline, que automaticamente voltou o rosto para baixo.

— Minha mãe não costuma voltar atrás com suas decisões. – respondeu em tom decepcionado e parou por alguns segundos, deixando o silêncio pairar no ar – Dale, eu gostaria de te pedir algo. – murmurou em um volume audível para o ruivo.

— Uma xícara de chá, princesa? Ou uma almofada para descansar seus pés? – ele retomou a pose convencida, o que deixou Madeline visivelmente entristecida – Certo, o que quer pedir? – redimiu-se.

— Eu sei que deve ser muito chato para você ter um Anjo Caído por perto, e eu nem sei se os outros Demônios aceitariam isso, mas... – ela mordeu os lábios – Você... Você e os seus amigos poderiam me ajudar a deter minha mãe antes que ela machuque mais pessoas? Por favor, não quero que uma guerra comece e que as pessoas morram, sabe? – Madeline reuniu forças para fitar os olhos de Dale, rezava para que ele concordasse em ajudá-la de algum modo.

Dale cruzou os braços e olhou a menina de cabelos níveos com certa pena. Ele realmente queria livrar-se dela e não ter mais que se preocupar com isso, mas ajudá-la parecia ser o certo a se fazer, além de evitar mortes desnecessárias, ele realizaria uma boa ação cuidando do necessitado Anjo Caído que havia salvado por puro acidente. Talvez fosse até mesmo interessante emergir-se totalmente nessa história, ver até onde ela iria.

— Muito bem, princesa, eu ajudo você. Mas como pretende impedir sua querida mamãe? – alfinetou.

— Demônios costumam ser bons em batalhas, não é? E as espadas que enfeitam seu quarto indicam que você gosta de lutar, estou certa? – ajeitou-se no banco e olhou para Dale de modo curioso.

— De fato, treinamos bastante – Dale vangloriou-se –, e gosto sim, sou bom o suficiente para liderar e treinar os mais novos e inexperientes. – ele então retornou ao seu tom de voz comum – Mas isso não quer dizer que eu vá atacar alguém por você.

— Não se preocupe com isso, Dale. – Madeline sorriu – Eu apenas quero que me treine, quero me tornar tão boa quanto você.

Dale a olhou de rabo de olho, um tanto confuso. Se fosse qualquer outro ser, ele já teria entendido o que essas palavras queriam dizer, mas vindo de um Anjo recém Caído como ela era um pouco difícil para ele entender o que a garota queria dizer com isso.

— Dale, só preciso que me familiarize com a arte da batalha. – a menor manteve o sorriso – Eu mesma quero matá-la.  

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Comentem se possível ^^

Bem, sobre o último post, Gabes e eu só queríamos agradecer pelo apoio de vocês, vamos continuar postando. E, por favor, não nos entenda mal, a culpa não é 100% dos leitores, se nosso conteúdo não agradasse, a culpa seria nossa, mas esse não é o caso, não pelo que disseram. 

Me desculpem se estou sendo chata. 

Montamos um novo horário de post para atender melhor à vocês, agora eu posto toda sexta-feira às 00:00, e Gabes posta aos domingos, também às 00:00.

É apenas isso, até sexta que vem c: