Cês: çin |
Finalmente acabaram de pintar minha casa <3 Tô feliz porque finalmente meu quarto parece de uma garota
E eu tô realmente viciada em Team Fortress 2.
Sério.
Muito.
MUITO.
EU APRENDI À JOGAR COM O SPY MAN, CÊS TEM NOÇÃO DISSO?
-
À propózito, - ela sorriu – meu nome é Aishley.
Logo, os 3 estavam no elevador, descendo e
descendo andares.
~x~
Quando a porta finalmente se abriu, a única
coisa que Idan vira era pessoas andando rapidamente pelo corredor largo,
parecidos com os de um hospital. Um homem com um jaleco bem largo, que esperava
em frente ao elevador, se aproximou do cadeirante, anotando mil coisas em um
papel preso em uma prancheta.
- Rion, as coisas realmente não sairam como
o planejado. – a voz dele era completamente trêmula.
- Percebi. – o outro mal acabara de falar e
Rion disse rapidamente. Logo, ele saiu do elevador, seguindo a direção da
maioria das pessoas. O outro o seguiu, com passos largos. Rion parecia estar
nervoso com ele, falando alto. Mas Idan estava atordoado demais para pensar em
decifrar palavras que, para ele, não passavam de balbucios de uma língua
desconhecida. Aos poucos, a visão dele escurecia, e uma ânsia de vômito estava
fazendo-o ficar tonto.
A última coisa que ele ouviu foi a voz
estridente de Aishley gritando alguém, que rapidamente chegou e segurou com
força o braço dele, depois tudo o que ele ouvia, ou ao menos conseguia
distinguir, era um zumbido. Um tapa forte o fez abrir os olhos, vendo o rosto
de um garoto nitidamente por apenas alguns momentos, que depois se desmanchou.
- Não durma! – ele ouviu ao longe. Isso
realmente serviu para ele tentar movimentar o braço, que ainda estava apoiado
na nuca de Aishley. Sem sucesso, abriu e fechou os punhos, tentando dar sinal
de que havia captado o recado.
Sentindo-se completamente leve, ele mal
sentia seus pés se arrastando no chão liso dos corredores. Mal sentia os
tremores vindo do térreo, uns 5 andares à cima de sua cabeça. Uma luz cegante
fez seus olhos arderem e lacrimejarem. Ele mal estava com os olhos abertos,
logo quando toda a sensibilidade dele desapareceu, ele abriu-os, e estava em um
local branco, totalmente branco. Não branco extremamente forte como era a luz
que ele havia visto, mas sim um branco tranquilizador, algo que ele podia ficar
observando por horas.
Idan sentiu suas pernas, logo seus braços, e
depois o resto do corpo. Nada doía, e ele estava de pé.
Mas o
que...
Perdido em pensamentos confusos, ele observou
ao redor. Não conseguia ficar aflito, de alguma forma, se sentia em um lugar
acolhedor, com uma atmosfera tão calma que nenhuma ira poderia afetá-la. Um
ressoar de batida de relógio ecoou. Virou-se para trás e viu um relógio de
cuco, apontando para as exatas 11:57.
- Sua mente. É sua, só sua, com pensamentos
só seus. – uma voz feminina disse.
- Isso é uma...
- Charada? Metáfora? Parábola? Você decide.
– ela interrompeu-o.
- Estou na minha mente, certo? – decifrou.
- Você decide isso também. – Idan fechou a
cara. Ela parecia estar teimando com ele, algo que ele odiava.
- Se estou nela, por que está tão... Vazia?
– ele observou o relógio, que emitia os sons do ponteiro, mas não se
movimentava. Os acabamentos eram bem feitos e era tudo feito de madeira, com
detalhes dourados.
- Porque está na hora. Você morrerá.
O que?!
Idan engasgou. Poderia ter desejado que sua
vida acabasse antes, quando estava lá,
ou qualquer outra coisa para acabar com aquilo, mas não havia parado para
pensar em uma possibilidade disso realmente acontecer. É impossível algo assim
acontecer. Impossível. Ou talvez era
impossível. Pois bem, aquilo era possível, fim.
- E-eu não quero! – ele gaguejou, com os
olhos imundados. As lágrimas aflitas não tardaram para descer.
- Você só tem 3 minutos de vida. O que fará?
– a voz que parecia gentil se tornou fria. Fria por não expressar nenhum
sentimento por Idan, que estava em prantos.
- Mais
uma chance! – falou, sem pensar. Ele não queria morrer. Ele não estava
preparado.
Sentiu algo quente dentro dele, subindo até
a boca. Ele abriu-a, como se fosse vomitar, mas nada saiu. Aquele calor tomou
conta de todo o seu corpo, ele sentiu que iria explodir, mas não aconteceu.
Sentiu-se leve novamente.
Berrando, ele acordou, pulando da maca e
segurando na primeira coisa que tocou para se segurar. Sentiu algo macio, mas
foi surpreendido por um grito, e empurrou a mão dele para longe, quase
derrubando-o para o outro lado.
- Tarado!!! – a voz familiar exclamou. Idan
lembrou-se da ruiva, que salvara a sua vida mais cedo, e teve certeza que foi
ela quem falou. Virando a cabeça para vê-la, viu ela arrumando o terno.
Identificou o marrotado causado por sua mão na área do seio esquerdo. Associou
uma coisa com a outra e...
- D-desculpa! – disse, corado.
- Ui, shippei! – um garoto louro com olhos
cor de âmbar se aproximou de Idan, com os braços cruzados e um sorrido de lado
sarcástico. – Meu nome é Wen. Estas são Asusa e Aishley, e o Sirius e a Liza
tão pelo o menos fazer cócegas naquele ser. – Wen era 10 centímetros mais alto
que ele e usava uma blusa branca e um colete preto, com gravata da mesma cor
com calça e tênis de cano alto preto, estava charmoso. Seu sorriso desapareceu,
formando um bico de lado meio engraçado. – Mentira, eles devem estar dando um
rolezinho no parquinho enquanto a gente tá aqui em baixo. Você sabe que estamos
mortos, hm?
- Mas que p... - Idan avançou com o tronco
para a frente, mas logo foi interrompido por uma dor na região lombar, que
forçou-o à por as duas mãos no local e deitar novamente.
- Calma, foi maneira de dizer! – ele deu
algumas gargalhadas, depois pigarreou – Pelo o visto acho que já aconteceu com
você... Já descobriu suas Perícias?
O olhar confuso de Idan fez Wen cerrar os
punhos e bater com força na parede, assustando o menor. As outras duas ficaram
visivelmente bem transtornadas. Idan ficou sem graça e culpado ao mesmo tempo,
queria ter conversado mais com aquela voz, para ela ter esclarecido suas muitas
dúvidas, que se multiplicavam ao passar do tempo;“por que estou aqui? O que tem de especial em mim? Por que fui atacado?
O que vocês querem de mim? Pra onde irão me levar? Cadê minha família?”,
eram só algumas delas.
- Eu... Eu na verdade – ele gaguejou – ouvi
uma voz. Eu vi um relógio que emitia luzes, como se fosse um vitral. Eu estava
em um lugar todo branco. Foi estranho. – ele fez uma pausa para se acomodar na
maca – O que isso significa? – Idan pensou que o que ele disse iria acalma-los,
e também que eles sabiam muito bem do que se tratava. Aishley resolveu
pronunciar-se:
- Então quer dizer que você foi
“interrompido”?
- Se essa é a palavra certa para falar...
Então sim. – ele olhou para Wen e Asusa, que estavam com o cenho franzido.
A porta abriu-se de uma vez, fazendo os
quatro virar a cabeça de uma vez em direção da tal. Era Rion com outra jovem de
cabelos caju púrpura lisos com babyliss natural. Ela tinha reluzentes olhos
vemelhos, e estava com um moletom preto com algumas coisas escritas em inglês
amarrado na cintura e com uma blusa branca com silhuetas de rosas estampadas em
vermelho. Estava de calça jeans, como a maioria ali. O que Idan realmente achou
nojento era que ela, dos tênis ao cabelo, estavam sujos de sangue. Ele era
muito sensível com sangue, mal mal via e ficava tonto e enjoado. Logo desviou o
olhar para baixo. Ela entrou, mas Rion ficou na porta.
- Essa aí é a Liza, Idan. – Wen disse – Cuja
a TPM nunca acaba. – ele riu, sarcasticamente.
- Idan, venha conosco, vamos ir para nossa
casa. – ignorando completamente Wen e seus comentários desnecessários, Liza
pegou 2 muletas no canto da sala e entregou para Idan, que logo desceu da maca
e tentou ficar de pé – Conseguimos fazer aquela doida ficar pelo o menos
desacordada. Vamos levá-la para pesquisas. Ela talvez tenha sofrido alguma
alteração durante a cirugia, por isso ficou daquele jeito. – Idan percebeu que
Liza estava falando com ou outros, que já andavam apressadamente em direção à
porta. Ele fez como eles, e, logo os 6 estavam nos corredores. Idan só os
seguia, já que não sabia de nada do que estava acontecendo.
- Vocês enlouqueceram?! – Asusa passou por
Idan para ficar ao lado de Rion e Liza, que estavam à frente – Ela via matar
todos nós e destruir tudo!
- Olhe a lógica, Asusa. Lá temos
equipamentos de alta tecnologia, eles são mais que suficientes para
neutraliza-la por completo. Os daqui são bem mais precários e não têm suporte
mágico.
- Mas você não acha que é melhor prevenir? –
Asusa fechou a cara. Em nenhum momento Rion olhou para ela, e ele estava com
uma expressão indiferente.
- Não. – respondeu, simplesmente, fazendo a
ruiva parar por um momento e ficar indiguinada.
Por alguns segundos, eles andaram em
silêncio. Idan logo percebeu que todas as outras pessoas estavam indo para a
mesma direção. Logo perguntou:
- Para onde vamos? – ele olhou para Wen, que
estava ao seu lado.
- Para outro mundo! – ele pareceu
sarcástico, mas Idan não teve muitas dúvidas; já tinha acontecido tanta coisa com
ele que ele não duvidava de mais nada. Arqueou as sobrancelhas, e o loiro olhou
para ele, bufando. Continuou – Vamos para o local onde nossa original sede
está. Um mundo chamado Jokeway Figure, pequeno, mas com grande quantidade de
recursos. Daguembor não sabe da existência daquele mundo, isso é uma imensa
vantagem, entende?
- Daguembor...?
Wen olhou para ele como se Idan estivesse
esquecido de quem era. Sacudiu a cabeça e revirou os olhos.
- Esqueci que você é noob no assunto, heheh. – ele pôs as mãos nos bolsos. Pararam em
frente à uma escada, que descia em forma circular - É aqui que nos jogamos pelo
espaço que as escadas dão no meio para o outro mundo, Idan! – ele deu uma
risada.
- Falando assim parece que é bobagem. – Liza
resmungou. Falando assim parece que é a
coisa mias normal do mundo, Idan pensou. – Não dê ouvidos para esse
palhaço. – ela disse, apontando com o polegar para Wen. Virou-se, e viu que
Aishley e Rion já haviam ido.
- Como é que... Eu... Ern... – Idan apontou
com a cabeça para a escada e depois para o joelho.
- Simples: Eu te jogo! – Wen falou e pegou
Idan pelo torso. O menor começou à debater-se e isso arrancou risadas de Liza.
- Eu sei fazer isso sozinho, para! Me
larg... – Liza arrancou as muletas das mãos dele e deu espaço para Wen descer
alguns degraus e simplesmente larçar Idan lá em baixo como se fizessem isso
todos os dias. E ainda por cima, limpou uma mão na outra com uma expressão
relachada, fazendo graça.
- Idiota! – ela aproximou-se dele, dando um
tapa no braço do tal. Parou de rir em um suspiro e jogou as 2 muletas de uma
vez.
- Você parece aquela nojenta da Barbie rindo
– ele se virou para ela, que fez careta pra ele. – Mas eu amo ela do mesmo
jeito, é tão irritante que chega à ser engraçado! – ele riu. Liza beliscou e
torceu com força a orelha dele, fazendo-o soltar um ‘ai’ alto – Tá, tá, parei,
parei!
- Olá casalzinho do ano! – um jovem da idade
deles e da altura de Wen aproximou-se, andando bem rápido. Era ruivo com olhos
verdes, e usava um terno totalmente rasgado e sujo de sangue. Segurava o blazer
apoiado no ombro com a mão – Já foram? Logo vão trazer aquela cachorrinha com o
vírus da raiva.
- Eaí, Sirius! – ao contrário de Liza, Wen
pareceu não ter achado ruim pelo o comentário do ruivo. Eles se cumprimentaram
com um ‘toca aqui’. – Como foi lá? Muita rasgação de calcinha?
- Nem.te.conto. – Sirius imitou uma voz de
menina e fingiu arrumar o “longo e louro cabelo com chapinha barata”.
- Aght! Vamos logo! – Liza se meteu entre os
dois, e empurrou-os, indo em seguida.
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