Wild World - Histórias: Uma Fanfic Qualquer - Capítulo 2

16 outubro, 2015

Uma Fanfic Qualquer - Capítulo 2

Uma 
          Fanfic
                    Qualquer      ~     Capitulo 2 - Amargo Passado


   Sirenes soando, empurra empurra; aquilo parecia um formigueiro.
   - Venha com a gente Idan. – Sirius puxou-o pelo braço.
   Foi difícil passar por todos. O moreno teve que segurar no blazer rasgado de Sirius por todo o trajeto, até o campus, para não ser levado pela multidão.
   Mas agora, o foco deles era outro. Ou para Rion e suas tropas.
~x~
   - Venha comigo, fique atrás de mim e...
   - Eu? Ir com você? – Evelyn o interrompeu. Ela estava com a mesma face inexpressiva. Ela deu passos para trás e sentou-se novamente na maca – Vou ficar aqui. Não quero morrer ou causar mais problemas. – ela estava tranquila, observando a sala. Mal percebeu como Harvey estava.
   - MAS O QUE?!! Se você ficar aqui, eles vão te matar! Esses caras só querem fazer tudo pelo “bem da ciência”!
   - Não me importo mais.
   - Aght, Evelyn! – ele a pegou pelo pulso e saiu praticamente arrastando-a da sala.
   - Você sabe o que está fazendo? – Evelyn berrou alto, já que o barulho das sirenes era tudo o que podia ser ouvido.
   - Não. E é essa a graça! – ele solta uma gargalhada espontânea. Isso deu à Evelyn uma nostalgia constrangedora o suficiente para salpicar suas bochechas. Ela... Talvez ela ainda sentia algo por ele.
   - Onde estamos indo??
   - Para a cobertura. Fugiremos de helicóptero. Sinta-se em um filme do Vin Diesel agora! – eles riram. Evelyn ajudou Harvey à abrir a porta emperrada das escadas. Ela não estava tão poderosa quanto antes. Os dois subiram degrau por degrau, rapidamente, da escada em espiral. Ao final, Harvey correu para abrir a porta que dava acesso à cobertura, mas estava trancada. Foi aí que ele começou à arromba-la com chutes. Evelyn aproveitou a pausa para descançar um pouco. Ela estava aos pingos enquanto o outro nem arfava.
   A porta foi jogada com força para fora. Harvey pegou novamente a mão da albina e guiou-a correndo até a área de pouso de helicópteros. Evelyn aproveitou que ele estava ocupado demais observando o céu para dar uma olhada lá em baixo. As pessoas estavam todas reunidas no campus. Estavam tão apavoradas que nem notaram a presença dos dois no topo do prédio. Ela se sentiu culpada.
   E então os soldados finalmente chegaram até eles. Evelyn assustou-se, mas Harvey correu até ela e arrastou-a até a borda do prédio.
   - Você não quer que eu... Que nós... – a jovem apontou para a laje o outro prédio, bem ao lado, colado no que eles estavam, mas um pouco menor.
   - Pulemos? Se você quiser sobreviver, é agora ou nunca! – ele anda para trás, tomando impulso, e corre novamente para frente, pegando Evelyn no colo e pulando.
   Ao cair, nem parecia que havia tocado o chão, e continou correndo como se a queda fosse um impulso. A jovem, no colo dele, estava sem reação. Vidrada. E os perseguidores estavam vindo bem atrás.
   Eles atravessaram a laje, que era bem maior do que a outra.
   - O helicóptero! – Evelyn apontou quando viu um helicóptero militar.
   - É, eu vi, não sou cego. – Evelyn fez cara feia ao ouvir aquela patada.
   - Precisa falar assim, cavalo? – ele olhou para ela, em desdém. Mal se importou. Ele soltou ela e os dois foram correndo em direção ao helicóptero, que havia jogado uma escada para eles subirem.
   - Sobe primeiro, Evelyn. – Harvey praticamente a ordenou.
   - Eu? Subir primeiro? Pra depois você ficar admirando minha bunda? Nem morta. – ela bateu o pé, como uma criança.
   - Ou você vai, ou você morre. – o tal estava com raiva. Mas é óbvio que aquela situação coloca qualquer um sob um nível de stress intolerável.
   Vendo-se sem escolha e sob pressão, Evelyn subiu. Harvey logo depois. A jovem, ao entrar no helicóptero, que já estava partindo dali, viu uma outra garota, da mesma idade, só que menor, sentada no banco de trás. Ela tinha olhos rosas quase vermelhos, cabelo vermelho vivo com mechas pretas e uma franja que lembra a da Ariel. O cabelo dela não era muito curto, mas estava preso em um rabo de cavalo alto. Tinha uma maquiagem forte: Batom preto e olhos bem delineados. Usava um vestido curto, digno de um corpete preto e babados que batiam no joelho. Era um tomara-que-caia, bem gótico por sinal.
   - Alguém ferido? – perguntou, dando mais espaço para Evelyn sentar ao seu lado.
   - Não. – Harvey acaba de subir.
   -Ethel, entrega pra ele. – o homem que pilotava, um pouco mais velho disse à garota ao lado de Evelyn. O homem aparentava ser um pouco mais velho que Rion.
   Ethel pegou de um saco que estava no chão um rifle de sniper e entregou para Harvey. Antes de atirar, fechou a porta e apoiou o rifle de sniper na janela, que aparentemente era projetada para isso.  Então, logo começou à atirar em quem ameaçava atrapalhar a escapada.
   - É uma DSR 50?! – Evelyn abriu a boca.
   - Sim, é. – o piloto não deu muita bola – Meu nome é Alexandre. Se pronuncia com ‘r’.  Acho que já conhece o resto. – pelo barulho dos tiros do Harvey, Evelyn não conseguiu ouvi-lo direito.
   - Ai, puta merda, essa coisa faz muito barulho! – Evelyn praticamente berra.
   - Pronto, acabou. Já me livrei deles. – relaxado, Harvey colocou a sniper no chão e se virou para elas – É porque você ainda não se acostumou.
   - Hm.
   Ethel xingou. Estavam atirando na direção deles. Haviam 2 helicópteros na cola. Deu pra ver que Alexandre estava tentando aplicar todo qualquer tipo de manobra evasiva, mas não estava dando muito certo.

~x~

   Rion estava em um desses helicópteros perseguidores. Pegou um megafone disse:
   - Rendam-se, irão morrer de qualquer jeito!
  Harvey mostrou o dedo do meio e pegou novamente a sniper. Quando ia destrancar a arma, um tiro o acertou em cheio na mão, e a sniper caiu do helicóptero. Harvey berrou de dor, mas ele não ia deixar assim. Pegou do saco uma Assault Shotgun.
   Eram 2 helicópteros: um na direita, onde Rion e alguns soldados estavam, e um na esquerda, onde o resto da galera estava. Lógico que Idan não foi. Ele ficou são e salvo em terra firme com Asusa e Alicia.
   Sirius pilotava e Liza estava como co-pilota. Wen estava na porta, aberta, pronto para pular.
   - Tem certeza, Wen? – Liza pareceu preocupada.
   - Tenho. Eles estão concentrados nas ameaças de Rion, não vão notar quando eu chegar.
   - ... Boa sorte. – ela abaixou a cabeça.
   - Obrigado. – Wen sorriu para si mesmo.
   Era uma grande oportunidade, e ele não disperdiçou. Pulou e se agarrou nas portas do helicóptero, fazendo-o desequilibrar ainda mais. Ele subiu e, com suas mãos pegando fogo – literalmente – derreteu e arrancou a porta. Mal deu tempo de Ethel se virar e Wen agarrou-a pelo pescoço. À essa hora já não estavam mais sob a sede da E.L.P.I, e sim sob a grande mata montanhosa que estava ao redor. Wen apertou forte o pescoço da jovem e ela gritou; por estar sendo sufocada e por estar sendo queimada bruscamente. Evelyn virou-se e viu a cena. Sem pensar 2 vezes, avançou em Wen, e o deu um soco. Foi tão forte e ele rolou para trás e, para não cair do helicóptero, teve que se segurar no esqui.
   - Ethel! – Evelyn prestou socorro para ela. Ethel estava desfalecida, caida de qualquer jeito no banco, com o pescoço tão queimado que saía sangue do que restara de sua pele. Harvey olhou de relance para trás para ver o que aconteceu, mas continuou focado em derrubar o helicóptero, missão quase impossível.
   Wen, nada bobo, começou à balançar-se, tornando as coisas mais difícieis para Alexandre. Com a nave nada estável e tombando, Harvey desequilibrou-se e saiu rolando para trás, caindo em cima de Evelyn, que se segurou na batente da ex-porta para os dois não caírem. Alexandre gemeu.
   - Vamos ter que fazer um pouso força... – ele, por algum motivo, deixou a frase morrer e olhou em direção ao estrondo vindo de cima. A hélice havia explodido.
   E o helicóptero iria cair.


~x~



   Foi com o vento forte gelado que Evelyn abriu lentamente os olhos. Ela arrepiou-se ao sentir as gotas de chuva pinicarem como agulhas em sua pele. Estava tão tonta que nem sentiu a dor do seu fêmur direito à mostra. O céu era cinza e os relâmpagos constantes. Estava suja de sangue e de barro. Foi uma queda brusca; ela fora lançada com violência para fora da nave. 
   O vento foi se tornando forte e as árvores começaram à balançar. A jovem estava sem a mínima força para mexer-se. Apenas conseguia manter seus pensamentos embolados ativos. Ouviu algo se aproximando. Não eram passos. Evelyn percebeu que se trava de um cadeirante quando ele parou bem na frente dela. Não conseguia ver nada além das rodas e dos pés do desconhecido. 
   E com um suspiro falho, sua visão fica turva até não conseguir enxergar mais nada. 


~x~ 

   - O que você acha? 
   - Não vamos deixa-la assim. 
   -  Que tal matarmos não só ela, mas todos os outros filhos da mãe? 
   - Não. Eles podem ser uma grande fonte de informações. E aquela coisa não sabe de nada do que está acontecendo. 
   - Temos que falar logo tudo de uma vez? 
   - Ela ainda tem seu lado humano. 
   - E enquanto à eles? 
   - Enquanto à eles vamos... 

   Percebi quando as vozes que eu ouvia ao longe pararam o falatório quando eu dei um longo suspiro e tentei espreguiçar-me. Epa. Meus braços e pernas estavam... Amarrados?
   - Onde... Onde... Quando... Q-quê?? - olhei aflita para meu corpo, enfaixado, com mil fios em meus braços. Eu estava em uma droga de hospital, com pessoas desconhecidas ao redor. E elas não me pareciam amigáveis.
   - Primeiro, necessitamos que mantenha a calma. - o mesmo cadeirante do helicóptero se aproximou. Agora liguei os fatos.
   - Calma? Primeiro quero saber onde eles estão, depois posso pensar em ficar calma. - já estava sem fôlego. Ao falar todas essas palavras tão rapidamente, quase tive um ataque de coração.
   O homem apontou para a minha direita. Virei minha cabeça e eles estavam lá. Pelo o menos Ethel e Harvey. Estavam na mesma condição que eu, mas desacordados.
   - E... Alexandre? - perguntei, ainda olhando para meus "companheiros" ou sei lá.
   - Estado grave. UTI. - impaciente, suspirou - Evelyn, sabemos o que houve com você. Queremos apenas seu apoio. Podemos...
   - Vocês estão loucos para começarem os experimentos em mim. - interrompi sem dó.
   - Você por acaso sabia para onde iria? - ele estava tão irritado que eu senti o seu olhar. Virei-me em direção à ele em um gesto involuntário.
   - Eu não sei de nada. - minha voz ficou mais trêmula do que eu imaginava. 
   - Evelyn. - um ruivo de olhos verdes se aproximou, cansado do teatrinho - Meu nome é Sirius. Esse é Rion. E antes de tudo precisamos que saiba o que aconteceu no seu passado. 
   - Meu passado... - repeti a palavra, que por algum motivo, ficou ressoando na minha mente. Olhei para o teto. Eu me lembrava de algo. Só não sabia o que era.
   - Você não era normal. - Rion começou.
   - Eu era psicopata. - falei por impulso. Naquela hora, meu subconsciente não existia. Eu falava inconscientemente - Eu já matei muito. Eu tinha um família. Um irmão. Eles morreram. Eu morri.
   Quando me dei conta, eu já tinha jogado tudo para fora. Eu já tinha me lembrado sozinha.
   - Mas você não morreu, você está aqui... - Rion.
   Sim, você morreu por dentro.
   - ... para nos ajudar. Você tem um dom, Evelyn...
   O da guerra. O da morte.
   - ... você pode usar tudo o que conseguiu para o bem. Você era a peça que faltava para...
   Destruir o mundo.
   Com a visão turva e com uma gastura que nunca senti antes, comecei à gritar. Mas não, não era eu. Eu não sentia um músculo do meu corpo. Estava tudo dormente. Tudo se apagava aos poucos. Não sentia o que eu tocava. Por um momento achei que meu coração parou de bater. Eu continuava gritando. Não enxergava nada, só ouvia os meus gritos. A única coisa clara era minha mente. Eu conseguia pensar. Mas porque não me controlar?
   Durante esse meio tempo de insanidade, eu ouvi minha voz me dizer..

Eu era uma garota. Mas eu não era normal.
Eu tinha um defeito.
Eu caçava pássaros e os pregava na parede de meu quarto.
Eu tirava a cabeça de ratos e comia seus olhos.
Eu era perturbada por mim mesma nas muitas noites fora de casa, presa no centro psiquiátrico.
Meu pai era coronel do exército dos Estados Unidos. 
Morreu assassinado.
Mudamos para a Alemanha. Tinha 6.
Começou lá.
Quando eu me mudei para o sanatório, minha mãe e meu irmão sofreram um acidente.
Os dois não resistiram.
O carro ficou irreconhecível.
Mas não m importei.
Eu não era má.
Eu era deficiente.




Mas você ainda não se livrou de mim.


Continua...


Uia uia uia, #Evelyn_deu_a_loka @_@

Gostaram? Sugestões, críticas^^

Sobre o sprite do Havey...

Bem...

Eu esqueci de salvar :v

Vocês: WHAAAAAT????????

OKAY, OKAY! ;n; Me apedrejem nos comentários ;n; Peço desculpas, farei outro T_T

Vocês: ¬¬

E então, eu espero que tenham gostado do capítulo 2 <3

BEIJO NA BUNDA
E ATÉ...
SEGUNDA! (mentira)



2 comentários:

  1. Evelyn está louquita! Nossa, essa cena de ação, com os helicópteros e tudo... foi demais! *atira flores*
    Arrepiei até com a última parte *w*
    Também já esqueci de salvar desenhos -u- Bota fazer de novo! xD
    Esperando o próximo! :3

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  2. @Nima

    Tá mesmo! XAMA O XAMU

    Eita mainha, então sou boa o suficiente pra fazer o roteiro do próximo Velozes e Furiosos? PARTIU~! )o)

    Bora ;n;

    Obrigada pelo comentário! <3

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